sábado, 28 de novembro de 2009
Terapia online
Os prós e contras de uma nova realidade que tem ajudado muita gente
Por Cláudia Ramos
Fonte: Revista UMA/ed.106
Foto: Símbolo imagens
Pelo menos uma vez por semana, a pedagoga Daniele Peixoto senta-se à frente do computador para tratar de sua vida. Por longos minutos, ela relata em um e-mail o seu dia, suas angústias e inquietações. Parece algo rotineiro, mas, na verdade, trata-se de uma sessão de terapia online e com um detalhe a mais: Daniele nunca esteve frente a frente com sua analista, Elizabeth Mednicoff. Ela só conhece a aparência da sua psicóloga por meio de entrevistas dadas em programas de TV. Se isso faz diferença? Nenhuma, ela garante. “Desde o primeiro contato, minha analista me passou muita segurança. Toda vez que trocamos e-mails, eu me sinto muito bem”. A falta de tempo, o trabalho e uma filha pequena foram as motivações que a fizeram buscar um tratamento diferenciado.
A terapia online ganha cada vez mais espaço, principalmente entre aqueles que não têm tempo de frequentar consultórios ou mesmo os que estão fora da cidade ou do país. Há também uma parcela que enfrenta a limitação de profissionais em determinados locais do Brasil, buscando ajuda na Internet.
Nos Estados Unidos, onde a terapia online é regulamentada desde 2002, um estudo publicado na revista The Lancet concluiu que essa terapia funcionou para pessoas em depressão.
Eles pegaram grupos aleatórios e dividiram em dois: um recebeu o tratamento tradicional e o outro virtual. Todos passaram por 10 sessões de 55 minutos. No final, das 113 pessoas que fizeram terapia online, 38% se recuperaram da depressão depois de quatro meses em comparação com 24% do grupo de controle. Conclusão: o nível de benefício obtido foi praticamente igual.
No Brasil, vários psicólogos e terapeutas já trabalham desta forma. Basta fazer uma busca na rede para encontrar as páginas deles. Mas somente dez em todo o País estão oficialmente regulamentados pelo Conselho Federal de Psicologia a fazer este tipo de atendimento. Outros ainda aguardam a autorização. Se levarmos em conta que o País tem um universo vasto de pessoas conectadas de casa – de acordo com o Ibope/NetRatings, no início deste ano, eram quase 30 milhões – imagine o potencial que este mercado tem por explorar.
A psicóloga e sexóloga Maria Luiza Cruvinel Moretti auxiliava pacientes que estavam com problemas pontuais, mas não podiam ir ao consultório. “Eles já eram meus pacientes, que precisaram viajar e não queriam largar o tratamento. Então, eu os ajudava com pequenas intervenções via e-mail, MSN ou Skype, até que pudessem retornar”, diz. Muitas vezes, conta a psicóloga, pacientes a procuram quando ela está online e pedem uma ajuda rápida para uma determinada questão.
Foram experiências assim que a motivaram a entrar com um pedido no Conselho. O site dela, vivendomelhor.com.br, está sendo reformulado para se adequar às exigências.
O que diz o Conselho?
A terapia online é regulamentada pelo Conselho Federal de Psicologia (CFP) por meio da resolução CFP 012/2005. Mas, para que isso acontecesse, foram muitas as discussões envolvendo representantes da área de todo o Brasil. Pela resolução, ficou decidido que o atendimento psicológico pode ser mediado pelo computador, sem caráter psicoterapêutico, que pode ser realizado pela Internet.
Os sites deste tipo de serviço e de pesquisas devem ser cadastrados no endereço www.cfp.org.br/selo e receber um selo digital para ser incluído nos respectivos websites. Os protocolos recebidos, se aprovados após análise feita pela Comissão e pelos respectivos Conselhos Regionais, receberão
um selo certificador emitido pelo Conselho Federal de Psicologia. O usuário de serviços de psicologia online pode verificar se o site está cadastrado
clicando no selo para o carregamento da página do CFP, onde estão listados os serviços e pesquisas em situação regular.
Prós X Contras
O psicólogo Erick Itakura, do Núcleo de Pesquisa da Psicologia em Informática da PUC-SP, e coautor do livro Relacionamentos na Era Digital, diz que a Internet tem um enorme potencial em termos de relações humanas. Ele faz parte do grupo pioneiro no assunto, um serviço de atendimento através de e-mails, que formou as bases para discussões e eventos acadêmicos sobre o assunto. “As pessoas descobriram a praticidade da Internet. A tecnologia pode ser uma grande aliada nesses casos, pois existem à disposição recursos multimídia que ajudam a criar uma proximidade que antes não era possível”, diz.
Mas, mesmo fazendo parte deste núcleo pioneiro, ele reconhece que este tipo de atendimento tem suas falhas. É que, segundo o psicólogo, por trás da praticidade tecnológica, existe a impressão da disponibilidade total de um serviço de terapia, ou seja, a pessoa pode acreditar que vai encontrar respostas a qualquer hora do dia. Porém, um processo terapêutico envolve questões como dedicação, entrega e envolvimento de modo geral. “Há casos que, efetivamente, necessitam de encontros presenciais, como pacientes com problemas mais sérios, que necessitam de um
acompanhamento psiquiátrico”.
segunda-feira, 23 de novembro de 2009
Atlas de Neuroanatomia
Abaixo o link para download do Atlas de neuroanatomia, otimo para estudos e conhecimento em beneficio do estudante de psicologia.
http://www.4shared.com/file/157990860/3c8f413e/atlas_de_neuroanatomia_funcion.html
http://www.4shared.com/file/157999067/d1f0caaf/livro_-_Neuroanatomia_-_Netter.html
sexta-feira, 20 de novembro de 2009
segunda-feira, 16 de novembro de 2009
SUGESTÃO DE LEITURA - ACAFIC (ASSOCIAÇÃO CATARINENSE DE FILOSOFIA CLÍNICA)
Gottfried Wilhelm Leibniz
CONFESSIO PHILOSOPHI (PROFISSÃO DE FÉ DO FILÓSOFO), 1673. GOTTFRIED WILHELM LEIBNIZ, 1646-1716.
Reconstituindo uma discussão imaginária entre um filósofo e um teólogo, Leibniz interroga-se sobre a bondade divina. Deus é justo? Mas ele é responsável pelo mal. É injusto? Mas deseja a felicidade de todos. É preciso repensar o universo para compreender esse aparente paradoxo. Deus é harmonia universal, e essa harmonia se exprime na diversidade do mundo. Essa pluralidade é também manifesta no homem, capaz de praticar o bem em maior ou menor grau. A harmonia induz à discordância, fonte do mal; as idéias eternas do entendimento divino trazem o pecado à existência. É preciso imaginar essa criação harmônica como multiplicação infinita de séries de acontecimentos. Assim, a alma e o corpo de um homem são duas séries paralelas completamente separadas, mas que coexistem. Toda experiência comporta uma combinação dessas séries que se encontram e formam um ponto de vista particular do mundo. Todas as “séries harmônicas” são determinadas por toda a eternidade, mas não impedem que o homem seja livre: ele não as conhece, e pode sempre agir segundo seu livre-arbítrio. Portanto, pode pecar se não fizer bom uso de sua razão em seus atos, se não souber reconhecer seu lugar no mundo. Em vista disso, o mal não é cometido por Deus, mas pelo homem, que se recusa a enxergar “a República Universal”. Inversamente, aquele que contempla a harmonia rejubila-se em Deus e o ama. Deus é justo, não quer nem deixa de querer o mal: querer o mal seria amá-lo (e então Deus seria injusto); não o querer seria sofrer por sua existência (e então Deus não seria onipotente). Por isso, Deus permite os pecados, necessários à “Harmonia do Todo”.
Assim como vários outros textos de Leibniz (sobretudo o Discurso de metafísica), esse diálogo destina-se a Arnauld, discípulo de Descartes. É o primeiro texto em que, definindo cada termo (necessário, contingente, possível, amar, permitir, harmonia, justo etc.), Leibniz expõe sua teoria do melhor dos mundos possíveis. Mas seu sistema se completa nessa obra: falta-lhe a noção de substância individual, que mais tarde ele chamará de “mônada” (Monadologia). Mas nesse diálogo já se destaca a ambigüidade constante de suas obras: a exposição é ao mesmo tempo filosófica e teológica; a razão vem sempre conjugada à fé.
Estudo: Y. Belaval, Leibniz, iniciation à sa philosophie, Vrin, 1962.
SUGESTÃO DE LEITURA - ACAFIC (ASSOCIAÇÃO CATARINENSE DE FILOSOFIA CLÍNICA)
Pronunciado no Collège de France de janeiro a março de 1975, o curso sobre Os Anormais dá continuidade às analises que Michel Foucault consagrou a partir de 1970, principalmente no livro Em defesa da sociedade, à questão do saber e do poder: poder disciplinar poder de normalização, biopoder.
É a partir de múltiplas fontes – teológicas, jurídicas, e médicas – que Foucault aborda o problema desses indivíduos “perigosos”, que no século XIX eram chamados de “anormais”. Ele define as três figuras principais: os monstros, que remetem às leis da natureza e às normas da sociedade; os incorrigíveis, de que cuidam os novos dispositivos de correção do corpo; e os ananistas, que alimentam, desde o século XVIII, uma campanha tendo em vista o disciplinamento da família moderna.
As análises de Foucault têm como ponto de partida os exames médico-legais ainda praticados nos anos 1950. Ele esboça em seguida uma arqueologia do instinto e do desejo, a partir das técnicas da confissão no confessionário e na direção de consciência. Lança assim as premissas históricas e teóricas de trabalhos que serão retomados, em suas aulas no Collège de France e nas obras posteriores. Este curso é, portando, uma peça essencial para acompanhar a formação, os prolongamentos e os desdobramentos das pesquisas de Foucault.
Referência Bibliográfica: Os anormais : curso no Collège de France (1974-1975) / Michel Foucault ; tradução Eduardo Brandão. – São Paulo : Martins Fontes, 2001. – (Coleção tópicos) Título original: Les anormaux.
Fonte: http://www.acafic.com.br/blog/os-anormais-foucault/
segunda-feira, 9 de novembro de 2009
Linguagem Academica
Ao sair do Ensino Médio e nos depararmos com o Mundo Academico temos que ter em mente que estamos passando para um outro nivel de nossas vidas, sendo uma passagem especializada no conhecimento que nos leva não só a ter uma mente, mas uma linguagem academica.
É comum nos primeiros semestre o universitario ainda usar termos do senso comum, mas a medida que se vai amadurecendo o curso e se aprofundando com leitura de artigos, livros e apostilas cabe a este enriquecer o seu vocabulario tanto na escrita como na fala.
O que diria alguns alunos ao ouvirem uma palestra sobre fenomenologia ou epistemologia? Ou então fosse ler um laudo feito por um especialista e que vidas dependesse da leitura desse laudo.Creio que apresentações de universitarios não cabem mais temos como piu-piu da criança, ou cocô e outros mais.
Mas pode ser substituido por pênis, fezes, urina que são termos cientficos e que devem ser utilizados em uma apresentação que se diz ser cientifica.
Creio aqui ser algumas dicas para as proximas apresentações e assim elevar a cada momento o nivel da turma.
sábado, 7 de novembro de 2009
Você sabe o que é bipolar?
Mais informações acesse o link abaixo
http://www.4shared.com/file/148081144/9e34b340/trabalho_de_anti_depressivo_e_anti_maniacos1.html
Sistema Nervoso
sobre o assunto
Xiii.. comecei o curso... e agora?
Como sou monitor em minha faculdade, vejo que certas perguntas estão sempre se repetindo. Dentre elas, vou responder aqui algumas:
1 - Como está o mercado para o psicólogo?
Depende. Como em qualquer profissão, você ao sair da faculdade vai ter que se virar pra encontrar emprego e concorrer com outros de nível inferior, semelhante ou superior ao seu. Por isso é bom durante a graduação, empenhar-se nos estágios, empenhar-se em pesquisas, projetos de extensão, tomando o cuidado de ter uma boa imagem diante de seus futuros empregadores; sendo respeitado e admirado por eles. Inclusive pelos seus professores, que poderão te indicar para mestrado ou para algum emprego.
2 - Onde posso conseguir emprego depois que me formar?
Também depende.Rs. A psicologia possui inúmeras áreas de atuação. Mas são muitas mesmo. As principais são: escolar/educacional, clínica, hospitalar, jurídica, do esporte, organizacional, comunitária, etc. Dependendo da área que você escolher, também será maior ou menor a disponibilidade de emprego.
Durante a graduação é importante estabelecer o máximo de contatos possível tanto com pessoas da área que mais te interessa, como com pessoas de outras áreas. É importante não só para o mercado profissional, mas também para a continuação da vida acadêmica.
3 - Qual a melhor abordagem a trabalhar da psicologia?
Durante o curso uma das coisas com que o aluno terá de se acostumar são as rixas teóricas. Professores de uma abordagem criticando a outra e vice versa. É importante atentar, porque pessoas que seguem determinada orientação teórica, GERALMENTE não conhecem o bastante a outra para poderem fazer críticas sólidas e realmente válidas. Na grande maioria das vezes, as críticas são para vender o "próprio peixe".
A melhor abordagem da psicologia é aquela com que você melhor se identificar. Dentro das abordagens, existem objetivos diferentes, métodos diferentes, pontos de vista diferentes; que geralmente não combinam um com o outro.
4 - É interessante desenvolver pesquisas durante a graduação?
Se o seu interesse for fazer um mestrado, doutorado, pós doutorado, é sim e muito. Cada faculdade tem sua política para seleção de alunos para o mestrado, mas todas levam em consideração o currículo deste aluno. Se o aluno tiver maior número de publicações na área que ele pretende fazer o mestrado, as chances dele passar é bem maior; bem como, se tiver participado de muitas atividades de extensão universitária, também terá suas chances aumentadas. O melhor é participar de tudo o que puder durante o curso. Ir em congressos, apresentar trabalhos, desenvolver pesquisas. Deste modo, além de tornar-se mais conhecido no meio, o graduando terá mais experiência e um currículo melhor, que o ajudará muito na hora de uma seleção para mestrado.
5 - O que é currículo Lattes?
É o lugar onde você coloca todas as suas informações acadêmicas e profissionais com relação, em nosso caso, a psicologia.
*Faça aqui o seu currículo Lattes.
É melhor preenchê-lo durante a graduação porque as informações dos cursos, congressos, palestras, etc que você assiste podem ir se perdendo se não arquivados.
Bom, qualquer dúvida estou aqui. Pode mandar email:
netopsico@yahoo.com.br
http://cptse.blogspot.com/2009/02/xiii-comecei-o-curso-e-agora.html
Bebês choram no idioma das mães, constata estudo
A partir do momento que começa a emitir seus primeiros sons, um recém-nascido já o faz no idioma de sua mãe, seja ele inglês, português ou qualquer outro. A constatação é de um estudo da Universidade de Wuerzburg, na Alemanha, publicado no site da revista Current Biology.
Segundo a pesquisa, o bebê já começa a assimilar a linguagem à sua volta ainda durante a gestação, mais precisamente três meses antes de nascer. "A descoberta mais espetacular do estudo é que os recém-nascidos não são só capazes de reproduzir diferentes tons quando choram, mas preferem os tipos de sons típicos do idioma que ouviram quando feto", explica Kathleen Wermke, uma das autoras do estudo.
A pesquisadora e sua equipe analisaram o choro de 60 bebês saudáveis, com três a cinco dias de vida, metade de famílias francesas e a outra parte de alemães. O que se observou foram claras distinções entre os idiomas - as crianças francesas choravam em um tom ascendente, e os alemães, tinham um tom descendente, diferenças marcantes entre as duas línguas, conforme Kathleen.
Até então, pensava-se que a influência dos idiomas nos sons emitidos pelos bebês ocorria muito mais tarde, e não logo após o nascimento, como o estudo alemão concluiu. Também se verificou que a voz preferida dos bebês é a da mãe, devido à entonação emocional. A imitação do idioma da mãe seria, portanto, apenas mais uma forma de estreitar os laços afetivos, destaca a estudiosa.
Revista Veja