segunda-feira, 28 de março de 2011

Dicas de Livro

Pessoal neste site tem dica de um excelente
livro. Não deixe de comprar e compartilhar.

http://inquilinoslivro.blogspot.com/

sexta-feira, 25 de março de 2011

Resumo - Psiquiatria 1900- 1929 Uma era de expansão

Ao final do século XX, podemos começar a ver as tendências na psiquiatria que eram menos evidentes há uma geração ou mais atrás. Um ponto importante é que a idade da pessoa que observa aquelas tendências influencia a forma de como elas são avaliadas.
Em 1903, Alfred Binet (1857-1911) publicou um importante estudo sobre inteligência na França. A inteligência podia agora ser avaliada com maior precisão e expressividade do que era possível na época de Galton.
A psiquiatria descritiva teve como figura chave o aluno Pierre Janet (1851 – 1947), que mais tarde tornou-se um dos fundadores da psiquiatria dinâmica francesa. Desenvolveu um livro sobre neuroses e idéias fixes, outro sobre obsessões e neurastenia, e mais tarde foram publicados sobre histeria, mania religiosa e personalidade. Em comparação a Freud, Janet estava menos interessado no conteúdo das memórias mais remotas da infância de seus pacientes e mais focalizado em seus padrões de pensamentos presentes.
Freud publicou sua obra referencial em 1905, a qual se chamava Três Ensaios sobre Sexualidade, onde discutia o relacionamento inverso, como ele via, entre neuroses e perversões. Identificava fases de sexualidade máxima no início da vida.
Na teoria da ansiedade de Freud durante seu primeiro período de psicanálise, ele admitia a existência de “energia” neural que dava força aos instintos (incluindo sexual), de modo que, se houvesse frustração sexual (como libido), essa energia, sem ter um escape normal, manifestar-se-ia como ansiedade.
A psicorreflexologia desenvolvida por Vladimir Bechterev (1857-1927) sustentava os conceitos de Shécenov, particularmente a visão de que o cérebro era um centro de reflexo inibitório fazendo a mediação entre impressões sensoriais que entram no cérebro e respostas motoras que provêm do cérebro. Após ter examinado Stalin, concluindo que o líder era realmente paranóide, Bechterev foi imediatamente executado.
Em 1908, Clifford Beers, um ex paciente mental americano, escreveu um livro descrevendo sua psicose, hospitalização e recuperação. Ele prosseguiu dando conferências sobre a necessidade de reforma nas instituições mentais. Beers foi fundamental na realização de mudanças positivas e na melhoria das condições de outros pacientes mentalmente doentes.
No ano de 1911, Freud cortou relações com Adler e Jung. Freud atribuía maior importância ao desenvolvimento sexual infantil; Adler ao ambiente social. Quanto a Jung, ele tinha começado a “irritar-se com a autoridade de Freud”. A preocupação germinal de Jung era temas místicos de um “inconsciente coletivo” ou de mentes masculinas (animus) e femininas (anima) em cada um de nós não teria atraído a forma de pensar de Freud, que era alheio a explicações poéticas/religiosas daquele tipo.
Ao contrário de Adler e Jung, Karl Abraham (1877-1925) permaneceu leal a Freud e estimado por ele até o final de sua curta vida.
Em seu ensaio de 1914, sobre narcisismo, Freud introduziu o conceito de um “ideal do ego” precursor de seu conceito de “superego” enunciado em 1923. Anteriormente, Freud tinha expressado a crença de que pacientes esquizofrênicos estavam tão presos a seu “amor-próprio” a ponto de serem incapazes de se apegar aos outros ou experimentar uma transferência com o analista.
Em Uma Criança é Espancada, Freud examinou a fantasia comum a certas classes de pacientes, de ser punido por alguma má ação. A fantasia é de dor e prazer misturados e parece estar por baixo de certas perversões sexuais, incluindo masoquismo. Masoquismo leva esse nome pelos escritos de Conde Leopold Von Sacher Masoch (1836-1895), que descreveu sua própria auto-humilhação perante uma arrogante senhora em Venus in Furs. Aparentemente o Conde tinha sido maltratado sem misericórdia em sua infância por seu pai, o que estabeleceu um padrão que ele (e pessoas como ele) inconscientemente buscavam viver em sua vidas adultas.
Na América, a psicanálise tornou-se um ramo popular da psiquiatria.
O manual de psiquiatria de Emil Kraepelin passou por várias edições, muitas das quais publicadas nessa segunda década. Kraepelin usava o termo psicopata para designar transtornos mentais em geral embora entre eles ele tenha descrito diversas variedades de comportamento anti-social semelhante ao nosso uso moderno do termo.
O americano John Watson (1878-1958) estabeleceu o campo do behaviorismo em 1913, baseado em suas experiências com animais. O behaviorismo de Watson enfatizava o observável em oposição ao inconsciente. Ele incutia respostas condicionadas em bebês provando que as fobias surgiam por condicionamentos no início da vida e podiam ser tratadas por dessensibilização.
O médico suíço August Forel escreveu sobre o assunto da sexualidade feminina, incluindo temas populares como femme fatale e o flerte, tratou também de temas gerais de sadismo, masoquismo, exibicionismo, fetichismo e homossexualidade em homens e em mulheres.
Os interesses de Eugen Bleuler (1857-1939) eram bastante diferentes. Trabalhou intensivamente com pacientes psicóticos visitando-os cindo e seis vezes por semana. Para ele o termo esquizofrenia é uma divergência entre pensamento e afeto.
Wagner Jauregg (1857-1940) introduziu a terapia da febre, transmitindo intencionalmente malária aos seus pacientes parésicos. Essa medida baseava-se na observação de que pacientes sifilíticos que subseqüentemente pegavam infecções (febris) de um ou outro tipo pareciam melhorar. Jauregg é, portanto uma das três pessoas que deram contribuições ao campo da saúde mental.
O interesse em possíveis inter-relações entre mente e corpo foi expressado no trabalho de Ernst Kretschmer (1888-1964), que acreditava que as grandes psicoses estavam associadas com certas conformações corporais. Em sua monografia de 1922, ele descrevia maníaco-depressivas como tendo uma psique pícnica (isto é, tendendo ao excesso de peso), e esquizofrênicos como sendo “leptossomos” (isto é, pessoas magras); epiléticos eram supostamente carnudos ou musculares.
1920-1929
Psicanálise
Sandor Ferenczi – médico- acabou indo longe demais em seus atendimentos, procurava compensar o passado sem afeto de seus pacientes permitindo que sentassem em seu colo (desde esse episódio tais práticas são consideradas inadequadas), Freud criticava essa postura.
Wilhelm Reich- uma das figuras mais problemática na história da psicanálise. Foi educado por perceptores, um deles teve caso com a sua mãe e quando ele tinha 14 anos revelou a seu pai. Sua mãe cometeu suicídio e após 3 anos seu pai se expos a frio em uma tentativa de suicídio e morreu logo em seguida de pneumonia tuberculosa.
Era médico e por um tempo se tornou discípulo mais promissor de Freud. Em 1929 começou a liderar um seminário sobre técnica analítica, completou a primeira parte da análise do caráter. Reich tinha uma influência enorme, mais quanto estava no auge no final desta década ( 1920) procurou Freud para fazer análise pessoal mais foi recusado. Ele se mudou, desenvolveu tuberculose e foi se afastando da teoria padrão. Em 1934 ele foi expulso da sociedade psicanalítica. Foi encarcerado e como fez o seu pai se expos a intempéries e morreu de pneumonia em 1957.
Psiquiatria geral: Psicoterapia de grupos
Adolf Meyer – propôs uma visão psicobiológica na qual todos os dados são relevantes (biológicos e psicológicos).
Propôs uma reação a uma a combinação de influências negativa dos avanços na teoria de grupos (1920). Observou que muitos pacientes ocultavam material relevante na consulta de individual, mas falavam quando em grupo.
Jacob Levi Moreno – ele introduziu o psicodrama nos EUA, através do teatro era liberado as emoções sendo uma forma também de liberação de conflitos.
Morton Prince - mais lembrado pelo seu relato detalhado de Sally Beauchamp ( caso de personalidade múltipla ).
Psiquiatria hospitalar: Tratamento de pacientes psicóticos
Ladislaw Von Meduna – traz de volta a terapia de choque. Começou em 1920 e publicou em 1937 os resultados.
Ugo Cerletti – colaborou com L.Bini no uso do eletrochoque e aplicaram com sucesso em um paciente esquizofrênico pela primeira vez em 1938.
Gustav Bychowski – um dos maiores expoentes na aplicação do método psicanalítico no tratamento de esquizofrenia.
Leland Hinsie – achava que era necessário uma mistura de medidas terapêuticas, incluindo reeducação e remoção de um ambiente estressante.

Psiquiatria Biológica e Genética:
H. Luxenburger – Primeiro estudos em gêmeos relacionando hereditariedade com esquizofrenia. Suas estatísticas nos levam a pensar mais em herança dominante do que recessivo.

Psiquiatria de Crianças e Adolescentes:
August Aichhorn – conhecido por seu sensível tratamento aos jovens difíceis ou delinqüentes. Foi diretor de reformatórios. E reabilitava crianças delinqüentes através de afeto e compreensão, criando um novo ideal de ego onde eles desejassem tentar igualar. Essa forma de trabalhar teve muito sucesso.

quinta-feira, 24 de março de 2011

As doenças psicológicas mais bizarras e assustadoras


Provavelmente não conhece ninguém com alguma destas doenças ou não fossem elas verdadeiramente raras. Algumas não conseguimos nem acreditar que sejam verdade de tão bizarras ou assustadoras. Existem muitas doenças assim, fique a conhecer algumas das mais insólitas. Está preparado(a)?:



1. Síndrome de Alice no País das Maravilhas

A doença que provoca distorções na percepção visual da vítima, fazendo com que alguns objectos próximos pareçam desproporcionalmente minúsculos. O distúrbio foi descrito pela primeira vez em 1955, pelo psiquiatra inglês John Todd, que o baptizou em homenagem ao livro de Lewis Carroll. Na obra, a protagonista Alice vê coisas desproporcionais, como se estivesse numa “viagem” provocada por LSD. As vítimas desta síndrome também vêem distorções no próprio corpo, acreditando que parte dele está a mudar a forma ou o tamanho.



2. Pica

Este é um nome também estranho que não tem nada de pornográfico: pica é uma palavra latina derivada de pêga, um tipo de pombo que come qualquer coisa. E a pica, a síndrome, … faz exactamente isso: a pessoa sente um apetite compulsivo por coisas não comestíveis, como barro, pedras, tocos de cigarros, tinta, cabelo… O problema atinge maioritariamente grávidas e crianças. Após comerem involuntariamente muitos objectos e texturas estranhas. Os comilões ficam com pedras calcificadas no estômago. Em 2004, médicos franceses atenderam um senhor de 62 anos que devorava moedas. Apesar dos esforços, ele morreu. Com cerca de 600 dólares no estômago…



3. Maldição de Ondina

O nome bizarro é uma referência a Ondina, ninfa das águas na mitologia pagã europeia. A doença, mais estranha ainda, faz com que as vítimas percam o controle da respiração. Se não ficar atento, a pessoa simplesmente esquece-se de respirar e sufoca. A síndrome foi descoberta há 30 anos e já existem cerca de 400 casos no mundo. Investigadores do hospital Enfants Malades, de Paris, acreditam que a doença esteja relacionada com um gene chamado THOX2B. O sistema nervoso central descuida-se da respiração durante o sono e o doente precisa de dormir com um ventilador no rosto para não ficar sem ar.



4. Síndrome de Capgras

A Síndrome de Capgras (ou Delírio de Capgras) é um raro distúrbio no qual uma pessoa sofre de uma crença ilusória de que um conhecido, normalmente um cônjuge ou outro membro familiar próximo, foi substituído por um impostor idêntico. A síndrome de Capgras é classificada numa categoria de crenças ilusórias envolvendo erros de identificação a respeito de pessoas, lugares ou objetos. Pode ocorrer de forma aguda, passageira ou grave. A ilusão é mais comum em pacientes com diagnóstico de esquizofrenia, embora possa ocorrer em variadas condições, como dano cerebral e demência. Embora seja comumente chamada de síndrome por poder ocorrer com ou paralelamente a várias outras desordens e doenças, alguns pesquisadores argumentam que deveria ser considerada mais um sintoma de algo do que uma síndrome.



5. Paramnésia Reduplicativa

A paramnésia reduplicativa é a crença de que um local foi duplicado, existindo simultaneamente em dois ou mais lugares, ou que foi movido para algum outro lugar. Por exemplo, uma pessoa pode não acreditar que está no hospital no qual foi internada, mas sim noutro hospital, idêntico ao primeiro, mas localizado noutro lugar do país.





6. Síndrome da Explosão da Cabeça

Quem sofre da Síndrome da Explosão na Cabeça leva sustos avassaladores com ruídos que ninguém mais ouve. A Síndrome da Explosão na Cabeça geralmente é causada por stress ou fadiga. A pessoa, sem mais nem menos, passa a ouvir explosões que só ela ouve porque as explosões em questão só acontecem dentro da cabeça delas. Não existe dor no processo, mas que dá medo, dá. Principalmente porque as crises têm a tendência a começar depois da segunda ou terceira hora de sono. Imagine o que deve ser acordar com a explosão de uma bomba que rebentou apenas na sua cabeça?



7. Síndrome de Cotard

Quem sofre desta doença tem o hábito de pensar que é um morto-vivo. As pessoas que sofrem da síndrome do cadáver ambulante têm a peculiaridade de achar que estão mortas. Acreditam, verdadeiramente, que estão a apodrecer, acham que todo o mau cheiro do mundo parte deles e que partes de seu corpo – internas ou externas – se perderam. Isto passa-se nos momentos em que eles admitem que até existem, porque, na maioria das vezes, eles pensam que isso não acontece. É conhecida como Síndrome de Cotard porque foi descoberta por Jules Cotard, o neurologista francês. Esta síndrome resulta de um dano cerebral ou de um distúrbio mental.



8. Síndrome da Mão Alienígena

Por causa do filme de Stanley Kubrick, estrelado por Petter Sellers, esta síndrome também é conhecida como Síndrome do Doutor Strangelove. Parece uma brincadeira, mas a pessoa que sofre desta desordem neurológica pode, sem motivo aparente, começar a lutar contra uma das suas mãos. A coisa chega a um nível tão surpreendente que a tal mão alienígena pode, inclusive, tentar estrangular o seu dono. A síndrome da mão alienígena pode ser causada por um derrame, um aneurisma ou por um trauma, podendo os seus sintomas serem combatidos, mas o seu distúrbio, não.



9. Coprolália

Coprolalia é a tendência involuntária de proferir palavras obscenas ou fazer comentários geralmente considerados socialmente depreciativos e, portanto, inadequados. Coprolalia pode-se referir a excrementos, genitais ou actos sexuais. É uma característica rara de pessoas afectadas pela síndrome de Tourette e pela síndrome de Lesch-Nyhan.Coprolalia. Esta é uma doença que comporta todas as palavras e frases que são consideradas tabus sociais ou que são tidas como inaceitáveis fora de certos contextos, expressada fora de contexto social e emocional. A cadência, o tom e o nível da voz podem ser mais diferentes do que ocorre normalmente na pessoa afectada por essa condição.



10. Síndrome da Redução Genital

Também conhecido como Koro, esse distúrbio mental deixa a pessoa convencida de que seus genitais estão a desaparecer. A maioria dos casos foi, até hoje, relatada em países da Ásia ou da África, e em muitos deles a síndrome parece ter sido contagiosa. Um dos episódios mais estranhos ocorreu em Singapura, em 1967, quando o serviço de saúde local registrou centenas de casos de homens que acreditavam que seu pénis estava a desaparecer.

Etologia Neodarwiniana

Um Exame das Estratégias Humanas


A Etologia Neodarwiniana começa dando ênfase a questão da alma humana, ou seja, feitos á
imagem de Deus nosso principal objetivo seria alcançar um estado de perfeição, socialmente
falando exemplifica-se com a frase “Faça Aos Outros O Que Queres Que Façam A Ti”. Já dentro
da religião era recomendado a “Crescer e Multiplicar-se”. Durante o iluminismo essa expansão
da religião com relação às forças que dirigiam a vida humana se tornou mais fraco e outras
teorias ganharam espaço.

A Etologia Psicológica vem falar da psicologia biológica de Freud, ou seja, sobre o complexo de
Édipo, onde ele esclarece a questão do incesto, que se tornou um tabu uma vez em que o pai
puniria as tentativas do filho em invadir seu território, no sentido de castração.

Etologia Evolucionária, da-se apartir dos primeiros biólogos já na década de 1970, onde
eles viam falar de biologia cerebral ex: o impulso por sexo, formas de agressão, a psicologia
individual, ou seja, teorias de Freud, a sociedade em questão ao relacionamento com o
próximo e também o cosmo, relacionamento com Deus. Esses biólogos vêm explicar desde o
inicio, sobre o DNA, seleção natural e a transmissão do gene.

Em um Comentário sobre a Corte, é feita uma ênfase maior na questão do jogo do
acasalamento, a questão da conquista, o galanteio do homem pela mulher, e explica que em
nossa espécie os homens evoluíram para assumir a função de defensor da tribo e também a
monogamia.

A tipologia do Acasalamento de Dawkins vem falar de um estado EEE (estado
evolucionariamente estável), ou seja, Dawkins quer dizer que esse estado consiste de uma
mistura que é “exatamente correta” para o sucesso genético máximo dos indivíduos dentro
de um grupo comunal. Logo Dawkins dividiu esses padrões estratégicos em quatro tipos:
para mulheres, recatados versus leviano e para homens, fiel versus namorador. Então
desenvolvendo essas características para homens e mulheres um EEE se estabeleceria.

Evolução e Menopausa: Foi apenas nos últimos 200 anos (desde que o conhecimento médico
pode prevenir doenças como varíola e septicemia puerperal) de nossa história de milhões de
anos que algumas mulheres com mais de 40 anos tiveram uma chance razoável de sobreviver
o tempo suficiente para criar um filho até sua independência.

Atração do Ponto de Vista do Gene

Evolução e Beleza Feminina: Capacidade da mulher por ser bela e procriar filhos.

Evolução e Atratividade Masculina: A figura do homem com capacidade de gerar filhos sadios,
mas não necessariamente esses filhos permanecerem vivos.

Homens Desmantelados mais Desejados: Um homem de figura desalinhada, não
necessariamente mal vestido mais que demonstre ser atraente e de boa aparência, bom
reprodutor e fiel.

quarta-feira, 23 de março de 2011

Resumo - Psiquiatria na década de 70 e 80

Os mesmos fatores que afetaram a Psicanálise na década de 70 afetaram, também, as pessoas que buscavam outras formas de tratamento, principalmente nos Estados Unidos.
O custo e o tempo estimularam o desenvolvimento de formas mais breves de terapia. Algumas baseadas nos modelos cognitivo-comportamentais e outras no modelo psicanalítico. A terapia breve não “mudava” a pessoa em algumas semanas, mas apenas aliviava alguns sintomas ou resolvia uma crise de relacionamento.

TERAPIAS:

. Confrontação direta -
Psicoterapia “dinâmica”, Davanloo (1980) – método que consistia em romper resistências em pacientes difíceis utilizando a confrontação direta (às vezes em prejuízo do tato e cautela), forçava os pacientes a admitir sentimentos que não estavam prontos para expressar.

. Análise Setorial
Surgimento de outras técnicas breves, mas delicadas (inspiradas em Deutsch e Murphy – 1955) onde os médicos determinavam os problemas centrais escutando as palavras chaves que escapavam dos pacientes, disfarçando tenuemente os seus medos mais profundos. Deutsch e Murphy chamavam a abordagem de “análise setorial”.
Tempo de duração do processo – de 10 a 20 sessões.

. Cultos
Foi um período onde todas as formas de soluções mágicas foram criadas e vendidas como a “Terapia do Grito Primal” (Janot); a “EST” de Erhard e “Rolfing” (Rolf Institute for Structural Integration) criado por Ida Pauline Rolf, entre muitos.
Alguns charlatões brilharam brevemente obscurecendo os trabalhos dos responsáveis pela psiquiatria convencional.
Algumas viraram cultos perigosos como a Cientologia que até hoje atrai muitos adeptos, inclusive famosos. Foi criada por Huggard. Seus cultos alcançam o controle total dos adeptos isolando-os e alienando-os de suas famílias.

Em contrapartida um ramo da psiquiatria (Halperin-1978, 1983 e Galanter -1982, 1989) desenvolveu uma resposta à necessidade de desprogramar aqueles que tinham sido seduzidos e ajudando as famílias a recuperar os jovens dos cultos coercivos (induzir, pressionar).
Zvi Lothane (1983) alegava que havia elementos de culto mesmo nas terapias respeitadas como a de Konut, criador da escola psicanalítica da Psicologia do Self. Livros publicados: A análise do self (1971); A restauração do self (1977). Seus estudos baseavam-se nas patologias narcísicas.

. Pesquisa sobre os básicos da psicoterapia (Smith, Glass & Miller, 1980) sugere que elementos como fé, esperança, crença, empatia e calor emocional são as pedras fundamentais de todas as terapias efetivas.
Estudos da década de 80 tendem a confirmar que a orientação acadêmica é menos importante, como fator curativo, do que as qualidades humanas (unidas a experiência de vida).

. Eficácia da Psicoterapia
A crença na eficácia da psicoterapia cresceu a partir do trabalho de Myrna Weissmann (Epidemiologista) e seus colegas. Demonstrou que os transtornos afetivos são os transtornos mentais mais prevalentes nos Estados Unidos. Constatou que a psicoterapia podia ser tão eficaz no tratamento de depressão quanto à farmacoterapia (quer sozinha ou combinada com psicoterapia).

. Programa Doze Passos
Para o controle de transtornos do desejo (drogas, sexo, álcool, jogo, comida) surgiram programas de doze passos nos moldes do AA, orientando como refrear o desejo.

. Transtorno de Personalidade Bordeline – Incesto
Durante essa década os artigos referentes ao transtorno atribuíam importância causativa aos genes de risco para doença maníaco-depressiva em pacientes cujos parentes próximos têm mania bipolar ou depressão recorrente.
No final da década foi feita uma ligação entre experiências de incesto na infância e o desenvolvimento de transtorno de personalidade bordeline (Stone, 1981). Outros confirmaram mais tarde a teoria, reforçada por Finkelhor (1979), diretor do Programa de Pesquisa de Violência Familiar na Universidade de New Hampshire com seu livro que tratava de crianças vítimas de abuso sexual, aumentando a consciência dos psiquiatras sobre a magnitude do problema do incesto.
Houve uma explosão de livros, artigos e histórias sobre incesto abrindo caminho para a pesquisa intensiva sobre o assunto na década de 80.

. Hipnose –
O uso da hipnose ganhou respeito na década, como modalidade terapêutica na psiquiatria e na medicina resultando no uso extensivo para tratar de neuroses de guerra (2ª Guerra Mundial e na guerra da Coréia).
Trabalhos sobre a aplicação clínica da hipnose foram publicados: Crasilneck (1975), Spiegel e Spiegel (1978), Frankel (1974 1975). Nos transtornos fóbicos descobriram que a resistência ao tratamento podia ser diminuída através da hipnose.

PSIQUIATRIA HOSPITALAR

Transtornos alimentares –
. Anorexia nervosa – Teve mudanças significativas na década de 70, principalmente com pacientes hospitalizados, o sucesso do tratamento era mais evidentes.
. Bulimia nervosa – Este trantorno é seguido por purgação, de uma anorexia e depressão. Tratamento nesta época era de antidepressivos acompanhado de métodos comportamentais (terapias de grupo).


Esquizofrênia
. Estabelecimento de perfil na avaliação de pacientes esquizofrênicos
. Vida fora do confinamento hospitalar
. Avaliação da terapia analítica na esquizofrenia
. Outras formas de tratament, como internação breve e mais visitas ao hospital geraram melhoria e que a terapia de grupo e mais eficaz que a terapia individual.

Depressão Maníaca –
. Lítio- foi usado como estabilizador de humo, nesta época tentaram fazer uma classificação bioquímica de tratamento afetivos de acordo com fatores químicos.
. Formas “subafetivas” de doença bipolar

Condições Bordeline –
. Definição do transtorno de personalidade – Gunderson (1975) – uma tentativa de utilizar critérios que fossem mais fáceis de serem avaliados, nesta época não entraram em um acordo a não ser que o único aspecto de diagnósticos que concordaram era o da impulsividade, acreditando que uma das formas de tratamento fosse a imposição de limites, mas alguns acreditavam que a medicação não podia se prescrita por achar que seria ceder as exigência do paciente enquanto outro já recomendavam acreditando tratar diretamente da ansiedade, mas o melhor tratamento era o multimodal de bordelines hospitalizados, incluía terapia individual, terapia de grupo, trabalho com membros da família, medidas de reabilitação e um ambiente hospitalar.

terça-feira, 22 de março de 2011

Resumo - Kurt Lewin


KURT LEWIN, psicólogo alemão, nasceu em 9 de setembro de 1890 em Mogilno, Alemanha, na época, morreu em Newtonville, Massachusetts, Estados Unidos, em 12 de fevereiro de 1947.
Na Alemanha, estudou em Freiburg, Munique e Berlim, onde se doutorou em 1914, quando foi para a Primeira Guerra Mundial como oficial do Exército alemão trabalhando no Instituto Psicanalítico de Berlim. Foi para os Estados Unidos em 1933, onde se refugiou antes da Segunda Guerra Mundial (1939-1945), pois suas teorias eram incompatíveis com o Nazismo. Não voltou mais para a Alemanha.
Obras literárias
A Dynamic Theory of Personality (1935; Teoria dinâmica da personalidade)
Principles of Topological Psychology (1936; Princípios de psicologia topológica).

Trabalho nos Estados Unidos

Trabalhou nas universidades de Cornell, Stanford e Iowa, fundou o Centro de Pesquisa de Dinâmica de Grupo do Instituto de Tecnologia de Massachusetts, (MIT), em 1945. No Instituto fez diversos trabalhos e formou muitos profissionais no campo da psicologia e da Sociologia e fisiologia. Entre os anos de 1946 e 1953, Kurt Lewin integrou o grupo reunido sob o nome de Macy Conferences, contribuindo para a consolidação da teoria cibernética junto com outros cientistas renomados: Arturo Rosenblueth, Gregory Bateson, Heinz von Foerster, John Von Neumann, Julian Bigelow, Lawrence Kubie, Lawrence K. Frank, Leonard J. Savage, Margaret Mead, Molly Harrower, Norbert Wiener, Paul Lazarsfeld, Ralph W. Gerard, Walter Pitts, Warren McCulloch e William Ross Ashby; além de Claude Shannon, Erik Erikson e Max Delbrück.
Teoria psicológica
A teoria do campo psicológico, formulada por Lewin, afirma que as variações individuais do comportamento humano com relação à norma são condicionadas pela tensão entre as percepções que o indivíduo tem de si mesmo e pelo ambiente psicológico em que se insere, o espaço vital, onde abriu novos caminhos para o estudo dos grupos humanos. Dedicou-se às áreas de processos sociais, motivação e personalidade, aplicou os princípios da psicologia da Gestalt. Lewin desenvolveu a pesquisa-ação (Action-Research), tentando com ela dar conta de dois problemas levantados pela sociedade em sua época: os problemas sociais e a necessidade de pesquisa. Fez isso, pois nem sempre a pesquisa social pode ser levada para os laboratorios. Infelizmente, na época de hoje também, existem muitas fontes de pesquisa que não são confiáveis. Não podemos deixar de falar da teoria de três etapas (descongelamento, movimento e recongelamento) de Lewin que revolucionou a ideia de mudança em organizações.
COMPORTAMENTO HUMANO – Influência de fatores

Para o entendimento dos fatores próprios e individuais, ou seja, os fatores internos inerentes ao comportamento humano, deve-se considerar que o ser humano é um animal social; entretanto, cada sujeito possui aspectos que os tornam únicos. Existem diferenças sociais, culturais e particulares que influenciam nos padrões de comportamento, na formação da personalidade, nas aspirações, valores, aptidões, e motivações de cada um. Cada pessoa é considerada um fenômeno multidimensional. (Chiavenato, 1998).

Esta “multidimensionalidade” torna o estudo do clima organizacional ainda mais complexo, daí a necessidade de analisarmos cada um dos fatores, pois o clima é o conjunto e a inter-relação entre pessoas, que por sua vez são um novo conjunto e inter-relação de comportamentos.

A seguir, três teorias importantes para a compreensão do comportamento humano: a Teoria do Campo, de Kurt Lewin, a Teoria da Dissonância Cognitiva de Festinger e o conceito de Motivação, proposto por Freud, Maslow e outros autores.


Teoria de Campo de Kurt Lewin

A teoria de Kurt Lewin, um dos primeiros psicólogos a estudarem as organizações, explica que os padrões de comportamento são decorrentes das interações e das influências que o indivíduo estabelece com o meio. Essa teoria explica como cada indivíduo sintetiza de forma diferente as vivências com o meio ao longo de sua vida; assim, cada pessoa, cada ser humano, possui uma dinâmica interna própria, portanto, interpreta e percebe as coisas, as pessoas, as situações de forma particular.

O comportamento é resultado de uma totalidade de fatos e eventos coexistentes em uma determinada situação. A inter-relação entre os fatos e eventos cria um campo dinâmico. Este campo dinâmico, ou ambiente psicológico, corresponde aos padrões organizados de comportamentos e percepções do indivíduo em relação a si e ao seu ambiente. (Chiavenato, 1998).

Algumas prerrogativas da teoria de campo de Lewin:
- O comportamento deriva da coexistência dos fatos; - Essa coexistência dos fatos criam um campo dinâmico, o que significa que o estado de qualquer parte do campo depende de todas as outras partes; - O comportamento depende do campo atual ao invés do passado ou do futuro.
O campo é a totalidade da coexistência dos fatos que são concebidos como mutualmente interdependentes. Indivíduos se comportam diferentemente de acordo com o modo em que as tensões da percepção do self e do ambiente são trabalhados. O campo psicológico ou espaço vital (lifespace, em inglês), dentro dos quais as pessoas agem precisa ser levado em conta a fim de entender o comportamento. Os indivíduos participam de uma série de espaços vitais (ex: família, escola, trabalho, igreja etc) e esses foram construídos sob a influência de inúmeros vetores de força.

O comportamento é função do campo que existe no momento em que o comportamento ocorre e é representado pela seguinte fórmula:
C = f (P,A)
em inglês estas siglas tornam-se: B = f (P,E)
A fórmula significa que o comportamento de alguém está relacionado às características pessoais da pessoa e à situação social na qual se encontra.


Teoria do Espaço Vital

Por toda carreira de 30 anos, Lewin dedicou-se a área amplamente definida da motivação humana, descrevendo o comportamento humano dentro de total contexto social e físico (Lewin, 1936, 1939). Seu conceito geral de psicologia era prático, concentrando nas questões sociais que afetam a nossa vida pessoal e profissional. Buscava humanizar as fábricas da época, de modo que o trabalho se o tornasse mais uma fonte de satisfação pessoal do que apenas uma forma de ganhar a vida.
O conhecimento a respeito da teoria de campo da física fez com que ele imaginasse que as atividades psicológicas de um individuo também ocorrem dentro de um campo psicológico, chamado Teoria do Espaço Vital - que compreende todos os acontecimentos do passado, do presente e do futuro que nos afetam. Do ponto de vista psicológico, cada um desses fatos determina algum tipo de comportamento em uma situação específica. Dessa forma, o espaço vital consiste na necessidade de as pessoas interagirem com o ambiente psicológico.
A Teoria do Espaço Vital exibe diversos graus de desenvolvimento em função da quantidade e do tipo de experiência acumulados. Como o bebê tem pouca experiência, possui poucas regiões diferenciadas no seu espaço vital. Um adulto extremamente culto e sofisticado é dotado de um espaço vital complexo e bem diferenciado, exigindo grande variedade de experiência profissional tentou criar um modelo matemático para representar esse conceito teórico de processos psicológicos. Devido ao interesse em um único indivíduo (um único caso) e não em grupos nem no desempenho médio, a análise estatística não tinha muito valor para esse fim. Ele escolheu a topologia, uma forma de geometria, para criar um diagrama do espaço vital, mostrando os objetivos possíveis de uma pessoa e os caminhos que conduziam a essas metas em qualquer momento determinado.
Dentro do mapa topológico, usado para criar o diagrama de todas as formas de comportamento e de fenômenos psicológicos, Lewin usava setas (vetores) para representar a direção do movimento do indivíduo em busca da meta. Acrescentou a noção de peso a essas opções (valências) para referir-se ao valor positivo ou negativo dos objetos, dentro do espaço vital. Os objetos atraentes ou que satisfizessem às necessidades humanas recebiam valência positiva, enquanto os ameaçadores recebiam valência negativa. Esses diagramas chegaram a ser chamados de "psicologia do quadro-negro".

Lewin postulou um estado de equilíbrio entre a pessoa e o seu ambiente. Quando esse equilíbrio é perturbado, surge uma tensão (o conceito de motivação ou necessidade de Lewin) que leva a algum movimento, numa tentativa de restaurar o equilíbrio. Ele acreditava que o comportamento humano envolve o contínuo aparecimento de tensão-locomoção-alívio. Essa sequência é semelhante à de necessidade–atividade-alívio. Sempre que uma necessidade é sentida, existe um estado de tensão, e o organismo tenta descarregá-la agindo de modo a restaurar o equilíbrio.

A primeira tentativa experimental de testar essa proposição foi feita, sob a supervisão de Lewin, por Bluma Zeigarnik, em 1927. Propôs-se aos sujeitos uma série de tarefas, permitindo-lhes completar algumas, mas interrompendo-os antes de poderem terminar outras. Lewin previra que um sistema de tensão se desenvolve quando se propõe a sujeitos uma tarefa a realizar; quando a tarefa e completada, a tensão se dissipa; e quando a tarefa não é completada, a persistência da tensão resulta numa maior probabilidade de que a tarefa seja recordada. Os resultados de Zeigarnik confirmaram as previsões. Os sujeitos se recordaram mais das tarefas interrompidas do que as terminadas. Muitas pesquisas subsequentes foram feitas sobre o que hoje é conhecido como o efeito de Zeigarnik.

A característica notável da psicologia social de Lewin é a dinâmica de grupo, a aplicação de conceitos relativos ao comportamento individual e grupos. Assim como o indivíduo e seu ambiente formam um campo psicológico, assim também o grupo e o seu ambiente compõem um campo social. Os comportamentos sociais ocorrem no interior de entidades sociais simultaneamente existentes como subgrupos, membros do grupo, barreiras e canais de comunicação, e delas resultam. Assim, o comportamento do grupo é uma função do campo total existente em qualquer momento dado.

Além disso, Lewin acentuou a importância da pesquisa de ação social, o estudo de problemas sociais relevantes voltados para a introdução de mudanças. Ele se preocupava com os conflitos raciais e fez estudos comunitários sobre os efeitos da habitação integrada sobre o preconceito, sobre a equalização de oportunidades de emprego e sobre o desenvolvimento e a prevenção do preconceito em crianças. Sua pesquisa de ação social transformou problemas como a discriminação e o preconceito em estudos controlados, aplicando o rigor da abordagem experimental sem a artificialidade e a esterilidade do laboratório acadêmico.



BIBLIOGRAFIA


SCHULTZ, Duane P., SCHULTZ, Sydney Ellen – História da Psicologia Moderna, Ed. Cultrix, 2000, São Paulo – SP.

INTERNET

http://www.administracaoegestao.com.br/pesquisa-de-clima-organizacional/a-teoria-de-campo-de-kurt-lewin/

http://pt.wikipedia.org/wiki/Kurt_Lewin

http://www.administracaoegestao.com.br/pesquisa-de-clima-organizacional/a-influencia-de-fatores-inerentes-ao-comportamento-humano/

segunda-feira, 21 de março de 2011

Resumo - Wilfred Ruprecht Bion

WILFRED RUPRECHT BION



Nasceu em 8 de setembro de 1897, em Mutra, Punjab, na India. Aos 8 anos foi estudar na Inglaterra no Bishop’s Stardfor College. Na escola se destacou nos esportes e aos 17 anos se dispõe a ser um desportista internacional. Entra nas Forças Armadas, recebe honras aos 21 anos e chega a capitão. Ingressa aos 22 anos no curso de História, estuda também Filosofia, Linguas (latina e grega ) literatura francesa.
Entra no curso de Medicina aos 33 anos , forma-se e ganha uma medalha de ouro como cirurgião e outras distinções significativas.Em 1932 inicia-se sua prática em psiquiatria, trabalha com o DR, Hadfield , defensor da terapia psicanalítica e um dos fundadores da Tavistok Clinic, onde trabalhou por 15 anos. Até 1940 teve significativa experiência com delinqüentes
Em 1945 nasceu sua primeira filha do primeiro casamento, sua esposa morre alguns dias após o parto. Aos 48 anos (1945) instala-se em Iver Heath, aluga um consultório, inicia sua formação em Psicanálise e sua análise com Melanie Klein, que dura até 1953. Interessa-se pelo tratamento em Grupo juntamente com John Rickman (seu primeiro analista) estruturando suas idéias que culminaram no livro “Experience With Groups” de 1961.
Estudou a personalidade psicótica e escreveu uma serie de trabalhos muitos originais apresentados em Congressos e Jornais de Psicanálise. Em suas conferências havia sempre uma interação dele com o grupo, fazendo questionamentos e levando o grupo à reflexão. Tinha, portanto, um jeito questionador e instigante.
Dava ênfase na relação entre o pensamento e a linguagem na Psicose, junto com tratamento analítico das mesmas.
Em 1951 casa-se novamente com Franscesca a quem conhecewu no Instituto de Relações Humanas da Tavistok e o influenciou muito na sua vida e carreira, teve dois filhos com ela, ficaram casado até o fim de sua vida.
Em 1956 foi nomeado diretor da clínica de Londres de Psicanálise, ocupando esse cargo até 1962.
Aos 71 anos, Bion transfere-se para Los- Angeles, passando a ter mais contato com Argentina e o Brasil. Proferiu Conferências no Rio e em São Paulo nos anos de 1973, 1974, 1975 e em 1978, No Ano de 1979 volta para Inglaterra, onde morre de leucemia aos 82 anos.

Terapia de Grupo
Vale ressaltar que os primeiros escritos de Bion sobre grupos datam de 1943 (“tensões intragrupos nas terapias”), passam por 1946 (“Projeto de um grupo sem lider”), sendo que estes artigos, e outros mais, foram reunidos em 1948 em um livro “Experiências em grupos”. Em 1952, ele publicou “Dinâmica de grupo: Uma revisão”, e em 1961, sob a motivação de que “estes artigos despertaram um interesse maior do que ele esperava”, ele tornou a reunir todos estes textos e os publicou em um livro também intitulado “Experiências em Grupos”. Em 1952 ele escreve “uma revisão da dinâmica de grupo”.
Estes estudos sobre grupos são baseados em experiências vividas em distintos locais, épocas e propósitos. Assim no hospital militar, durante a 2ª Guerra Mundial, Bion descreveu as “Tensões Intragrupais” com grupos formados com a finalidade de reabilitação. Ele também descreve um método original, criação sua, de proceder a uma seleção de candidatos a oficial da armada, através da proposição de atividades em “grupo sem líder”. A experiência grupal de Bion ficou muita enriquecida com os seus posteriores experimentos de finalidade psicoterapêutica na Tavistock Clinic.
Os estudos de Bion sobre grupos mostram uma nítida influência do texto de Freud, “Psicologia das massas e análise do ego”, de 1921. Assim, Bion parte dos modelos do Exército e da Igreja os quais ele considerou como sendo “Grupos de trabalho” e que foram estudados e utilizados por Freud como ilustração de seus estudos sobre os tipos de lideranças. Da mesma forma pode-se dizer que a concepção de Bion referente aos “Supostos Básicos”do inconsciente grupal, se refere ao funcionamento do “Processo Primário” e, portanto, equivale à descrição que Freud fez acerca do “grupo desestruturado, inerente às massas”, conforme um estudo prévio de Le Bom, bastante citado por Freud no seu citado trabalho.
Dentre as concepções originais da dinâmica do Campo grupal, além que já referimos em relação aos grupos de reabilitação e de seleção, os grupos sem líder, e a abertura para a comunidade, destacamos outros conceitos.
 MENTALIDADE GRUPAL: O grupo adquire uma unanimidade de pensamento e de objetivo, o qual transcende aos indivíduos;
 CULTURA DO GRUPO: Resulta da oposição conflitiva entre as necessidades da “mentalidade grupal”, e as de cada indivíduo;
 VALÊNCIA: Esse termo é tirado da química, e que designa a capacidade que o indivíduo tem em combinar com os demais, em função dos fatores inconscientes de cada um;
 COOPERAÇÃO: É a interação das pessoas orientadas pela razão. Está relacionada com o “grupo de trabalho”;
 GRUPO DE TRABALHO: Bion afirma que todo grupo opera sempre em dois níveis que são simultâneos, opostos e interativos, mas delimitados entre si. Um é o “grupo de trabalho” e o outro é o “grupo de base”. O “grupo de trabalho” está voltado para aspectos conscientes, para a tarefa;
 O GRUPO DE (PRÉ) SUPOSTAS BÁSICAS (SB): Os grupos básicos funcionam pelas leis do inconsciente.
Bion descreveu três modalidades de supostas básicas e as denominou respectivamente de “Dependência”, de “Luta e Fuga” e de “acasalamento”.
As emoções básicas, como o amor, ódio, medo, ansiedades, etc estão presentes em qualquer situação. Mas o que caracteriza cada um dos três supostos básicos é a forma de como esses sentimentos vêm combinados e estruturados, e por isso, exigem um tipo de líder específico apropriado para preencher os requisitos do suposto básico predominante e vigente no grupo.
Em um texto de L. A. Py (1986) expõe a emergência nos indivíduos dessas suposições básicas e de como eles se interpretam. O autor afirma que “algo emerge inconsciente, instintivo e primitivo levando o grupo a um determinado tipo de comportamento que passa um padrão da espécie humana, tendo em vista o fato de o homem ser um animal gregário.
Trata–se de um comportamento de sobrevivência que então aparece de forma rudimentar, ineficiente, caricata, Os aspectos mais essenciais da sobrevivência da espécie estão aí presentes conforme descritos por Bion. Existe a expectativa da emergência do líder místico, aquele que individualmente detém capacidades invulgares e que tem condições de liderar, dirigir o grupo para a sobrevivência. O instinto de obediência a esse líder aparece caricaturado no grupo de suposto básico de dependência. Como animal predador e ao mesmo tempo alvo e presa de outros predadores, o ser humano necessita estabelecer padrões de comportamento grupais que lhe permitam lutar e fugir de acordo com as circunstâncias. A liderança necessária para tal se faz presente e a formulação das atitudes grupais que fazem face a essas necessidades encontra – se representada no grupo de suposição básica de luta – fuga.
O outro elemento fundamental da sobrevivência da espécie, a procriação e a criação da prole, está expresso no grupo de suposto básico de acasalamento.
“Assim, vemos que as principais necessidades básicas de manutenção da espécie humana emergem desta forma primitiva nos agrupamentos humanos quando é dada a oportunidade para tal”.

sábado, 19 de março de 2011

Resumo - Renascimento da Psiquiatria

Resumo de Mauricio, Leny e Flávia.

Renascimento da Psiquiatria



A década de 1950 fez mais que inspirar a nova aparência na descrição e estudo das doenças, o que resultou num grande avanço nos diagnósticos. No inicio da década as drogas ilícitas tornaram-se moda, particularmente na América e na Europa Ocidental.
O abuso no consumo de drogas ilícitas cresceu rapidamente e se tornou uma epidemia. Muitos adolescentes com vulnerabilidade para psicoses, até então ocultas, tiveram esse potencial revoltantemente efetivado após terem tomado alucinógenos.
A taxa de divórcio cresceu exorbitantemente na década de 1960, as mulheres estavam trabalhando e, portanto, eram capazes de deixar seus maridos em casos de abuso. O desvio cultural para longe do idealismo e auto-restrição e em direção a maior autogratificação provocou a cultura do narcisismo (quando a mulher afirma que “eu posso, eu me garanto, eu quero”, etc)
Com o aumento do divórcio e o numero crescente de mulheres na frente de trabalho iniciava-se a revolução sexual. A masturbação tornou-se ultrapassada e o desenvolvimento de melhores dispositivos contraceptivos levaram à maior liberdade sexual, com famílias menores, maior oportunidade para experimentação sexual e uma ameaça concomitantemente maior à integridade do casamento.

À medida que o divórcio se tornava cada vez mais comum, mais problemas sociais vieram à tona, pois as crianças eram criadas por padrastos e madrastas e meio irmãos. O incesto, o mais bem mantido dos segredos, também era mais comum, em parte devido ao numero crescente de padrastos e madrastas. As afiliações religiosas e o comparecimento às igrejas caíram consideravelmente, na década de 1960, enfraquecendo mais ainda o sistema de apoio com o qual os jovens contavam.
A taxa de suicídio cresceu entre pessoas na terceira década de vida que agora tinham menor apoio parental, menor apoio da igreja e cada vez menos empregos a recorrer.
A década de 60 foi uma época de desinstitucionalização, as drogas milagrosas da década de 50 tinham, de fato, permitido que os hospitais psiquiátricos se desfizessem das camisas de força, embora alguns se queixassem que as drogas eram “camisas de força químicas”.
Os hospitais psiquiátricos se tornaram um repositório para dissidentes políticos que eram zumbificados com o mesmo medicamento que esvaziava os hospitais.
Novas leis foram decretadas, concedendo ao paciente o direito de recusar medicação, mesmo que as drogas fossem úteis.
Os psicanalistas geralmente falavam de transtorno de caráter, onde os psicólogos eram mais propensos a usar o termo personalidade.
Michael Balint, William Gillepsie e Charles Rycroft afirmavam que a psicanálise é um evento entre duas pessoas, onde um é o analista que interage com paciente e o outro um participante ativo.
Nas décadas de 1950 e 1960 houve uma evolução no estudo da psicanálise para os doentes mentais graves, como a esquizofrenia. Michael Baling rejeitava alguns princípios freudianos ortodoxos, os Analistas da Escola Independente escreviam em uma linguagem livre dos vocabulários especiais, eram mais acessíveis. Balint publicou uma monografia: A Falha Básica.
Também foi na década de 1960 que Donald Winnicott publica o livro O Processo de Amadurecimento e o Ambiente Facilitador - O Falso Self.
John Frosch trouxe um novo conceito de Borderline que preferia chamar de Caráter Psicótico, onde as principais características do caráter psicótico eram:
- preservação do teste de realidade;
- relações objetais;
– negação; e
- projeção.
Jacques Lacan publicou, em 1973, o livro Os quatro Conceitos Fundamentais da Psicanálise. O autor não estava preocupado com condições clínicas comuns, mas interessado na teoria freudiana de inconsciente, repetição, transferência e impulso, focalizando-se nas analogias entre teoria psicanalista e linguística moderna.
Sacha Nacht estava consciente de que os elementos curativos, no processo analítico, não estavam limitados as interpretações verbais. Nach tinha identificado três tipos de masoquista: erotogênico, moral e feminino.
Rudolph Loewenstein via a passividade e impotência do masoquista como um apelo à compaixão da figura parental.
Vitor Smirnoff acreditava que os masoquistas podem ser vistos como orquestrando sua própria vitimização, através da evocação de punição, suficiente para satisfazer suas necessidades de sentir-se no controle.
Irving Bieber publicou em 1960: Um estudo Psicanalítico de homens Homossexuais, onde os homossexuais resultavam de uma criação em família com mãe sedutora ou excessivamente envolvida e pai distante. Bieber percebia o homossexual como doença, o que era predominante entre psicanalistas, que termina com a resolução edípica, superando o chamado complexo de castração, o que permitiria alcançar a capacidade para a intimidade heterossexual.
A confiança na capacidade das novas drogas em manter pacientes severamente crônicos fora do hospital por questões politicas e econômicas. A trágica consequência dessa politica ainda não era tão evidente até a década de 1960.

quinta-feira, 17 de março de 2011

O que é Paresia?

Paresia (definição)

Termo geral que se refere ao grau leve a moderado de fraqueza muscular, ocasionalmente usado como sinônimo de PARALISIA (perda grave ou completa da função motora). Na literatura antiga, paresia geralmente se referia especificamente a neurossífilis parética (ver NEUROSSÍFILIS). "Paresia geral" e "paralisia geral" podem ainda trazer esta conotação. A paresia das extremidades inferiores bilateral é denominada PARAPARESIA.

Quem é Augusto Cury


Concordo com o que alguns leitores escreveram sobre ele no site da Livraria Cultura.

Sobre o livro "Nunca desista de seus sonhos":

Marilia / Data: 6/2/2009
Uma droga - Joguei dinheiro fora. O autor se julga inteligentíssimo, cria teorias ininteligíveis #até por ele mesmo, ele confessa## ou diz o óbvio como se fosse uma grande sacação, com a maior cara de pau. Diz até que uma universitária acostumada a ler Camões, Pablo Neruda e outros gênios, leu o livro dele e achou o melhor livro que ela leu na vida!!!!!!!!!!!!!!!Chega a ser hilário!

Claudio Malagrino / Data: 22/3/2008
Auto-ajuda ou auto-promoção? Ou ||Cury segundo Cury|| - ||Nunca Desista de seus Sonhos||, de Augusto Cury, é um legítimo representante da literatura fast-food que se produz e se consome hoje no Brasil. O livro nada mais é que uma colagem de idéias óbvias e frases prontas, além de trazer um espetáculo de auto-promoção constrangedor. O autor é pródigo em auto-elogios, apresentando-se como uma espécie de ||gênio incompreendido pela Academia conservadora||. Segundo Cury, Einstein ||queria explicar as forças do Universo||, e Cury, o ||caos do campo da energia psíquica||... Descreve em detalhes sua biografia, ao lado de outras personalidades da História, como Martin Luther King, Abraham Lincoln e Jesus Cristo! Já o tema central do livro, o ||sonho|| como meta que norteia nossas atividades, é superficialmente explorado. Além dos clichês surrados, o autor bate na tecla frankfurtiana da crítica à sociedade de consumo e à ||busca desenfreada pelo sucesso e pela riqueza||. São angústias e aflições que não atingem Augusto Cury; em sua conta corrente estão contabilizados os lucros pela venda de mais de um milhão de livros. Afinal, o importante é ser feliz!
Rodrigo / Data: 14/5/2007
Conceito do leitor:
Horrível - Escrito por um autor prepotente que se compara a Jesus Cristo e Luther King, esse livro pode ser um considerado uma das piores obras da Língua Portuguesa

Roberta Fontes / Data: 11/5/2006
Conceito do leitor:
Não vale 1,00 - Decepcionante. Talvez essa palavra possa expressar exatamente o que senti ao ler esse livreto. Não é digno sequer de ser chamado de livro, pois que é uma cópia mal feita de idéias originais, fazendo-se passar por original. Nota 0.

allen marques valadares vaz / Data: 10/3/2006
Conceito do leitor:
o sonho de ser original - La pelas tantas, o livro adquire um carater auto-biografico, antes tinha sido um retalho do que ele ja havia escrito em outros livros. A falta de originalidade no livro soa alto, falta ao autor o trabalho de se dedicar a escrever algo novo mesmo, ao inves disso teve o trabalho de digitar control c e control v. Quando ele diz que tem uma tese propria, cai da cadeira... a tese de que a memoria seria uma construcao subjetiva ja existe ha tanto tempo.... Falta ao autor ler Diderot ou os Ensaios de Walter Benjamin sobre Proust, ou mesmo, ler Proust. Quem sabe no emaranhado proustiano, ele descobriria novos assuntos para novos livros, e nos pouparia 19 reais para ler velhos conceitos copiados... Se pudesse pediria meu dinheiro de volta, nunca fui tao enganado... Se Walter Benjamin estivesse vivo nao se preocuparia com Cury a ponto de processa-lo por plagio, mas que seria bacana,seria... Este livro serve apenas para enriquecer o bolso da Sextante e do autor...dai a oportunidade de ser cobrado pelo plagio.


Jenifer / Data: 1/3/2006
Conceito do leitor:
Baboseiras e mais baboseiras... - A VEJA fez uma crítica excelente sobre esta e outras bobagens deste autor...Só asneiras, ditas por um autor embasado em ||ciência||, CRIADA PELO PRÓPRIO!!!! Enquanto houver ingênuos, vai vender muito...

Sobre o livro "O código da inteligência":

Tom / Data: 29/7/2009
Conceito do leitor:
Pura Mesmice - Esse é um livro de autoajuda para pessoas sem capacidade intelectual....não recomendo em hipotese alguma....decepcionante

Paulo S Abreu / Data: 14/6/2009
Conceito do leitor:
Auto ajuda disfarçada em ciência - O livro abusa de citações ao longo das páginas que não estão necessariamente relacionadas aos temas desenvolvidos no capítulo. Muitas delas são de outros livros do próprio autor, ou seja um ||auto-merchandising||. Os assuntos desenvolvidos ao longo do livro não chegam a ser desinteressantes, mas o autor os desenvolve muito no estilo ||auto-ajuda|| o que acaba por afastar leitores um pouco mais céticos e pragmáticos. Numa longa viagem de ônibus pode até ser que você leia o livro todo, mas se tiver outros à mão é muito provável que deixe esse de lado e parta para uma outra leitura.

Eiji / Data: 30/3/2009
Conceito do leitor:
Falta objetividade - O autor escreve fica divagando para demonstrar suas idéias, não é nada científico e parece um livro de auto-ajuda. Para quem quer ficar refletindo, pode ser bom. Para quem gosta de explicações cientificamente embasadas, este não é o livro.

Sobre o livro "O vendedor de sonhos":
Mateus / Data: 22/5/2009
Conceito do leitor:
baixa qualidade - Sofrivel , so é bom para que nunca leu um livro, a continuação tambem do ponto de vista literario e artistico é uma catastrofe. Faz o Paulo Coelho parecer premio nobel .
Klaus Petersen / Data: 6/4/2009
Conceito do leitor:
Narração - A forma como assunto é narrado não convence,é um tanto pueril, resumindo : ||chato || . Não conseguí ir além da página 85...

Cintia Tessuto / Data: 6/1/2009
Conceito do leitor:
Medíocre - Auto-ajuda disfarçada de literatura da pior qualidade. O livro é sofrível. Os diálogos são medíocres, a redação primária. Uma afronta ao leitor medianamente inteligente. E o pior é que promete uma continuação! Socorro!!!!

Natália / Data: 13/12/2008
Conceito do leitor:
Auto-ajuda - Por não ser classificado como um auto-ajuda, caí na besteira de comprar este Augusto Cury. Lamentável. Pessoas decidem mudar suas vidas a partir do momento que ouvem frases óbvias e por vezes vazias da boca de um desconhecido. Uma tentativa de recriar uma história messiânica, mas sem o fundamento necessário nem as idéias revolucionárias.

Sobre o livro "O futuro da humanidade":

Paulo / Data: 4/2/2008
Conceito do leitor:
Não compre - O livro é bobo, irreal e cheio de clichês. A história não tem fluência natural e por vezes o autor parece apelar para manter a narrativa. Existem opções muito melhores por esse preço.

Ética na Profissão

Duas sugestões de texto de Ética

1. Franklin Leopoldo e Silva; Ética e Situações-Limite
versão digital:
http://revistacult.uol.com.br/home/2010/04/etica-e-situacoes-limite/

2. Claudio Cohen, Marco Segre; Definição de Valores, Moral, Éticicade e Ética
Bioética, Capítulo 1 (páginas 17 a 26)
Versão digital:
http://books.google.com.br/books?id=uVW_UZ66bC0C&pg=PA17&lpg=PA17&dq=%22defini%C3%A7%C3%A3o+de+valores,+moral,+eticidade+e+etica%22&source=bl&ots=i20yxfEe3Y&sig=8qrj92S49IAAp4QuyJ-OSVK8Hl0&hl=pt-br&ei=eBKBTYXhMZSWtwfU6PTICA&sa=X&oi=book_result&ct=result&resnum=4&ved=0CCgQ6AEwAw#v=onepage&q&f=false