sábado, 19 de março de 2011

Resumo - Renascimento da Psiquiatria

Resumo de Mauricio, Leny e Flávia.

Renascimento da Psiquiatria



A década de 1950 fez mais que inspirar a nova aparência na descrição e estudo das doenças, o que resultou num grande avanço nos diagnósticos. No inicio da década as drogas ilícitas tornaram-se moda, particularmente na América e na Europa Ocidental.
O abuso no consumo de drogas ilícitas cresceu rapidamente e se tornou uma epidemia. Muitos adolescentes com vulnerabilidade para psicoses, até então ocultas, tiveram esse potencial revoltantemente efetivado após terem tomado alucinógenos.
A taxa de divórcio cresceu exorbitantemente na década de 1960, as mulheres estavam trabalhando e, portanto, eram capazes de deixar seus maridos em casos de abuso. O desvio cultural para longe do idealismo e auto-restrição e em direção a maior autogratificação provocou a cultura do narcisismo (quando a mulher afirma que “eu posso, eu me garanto, eu quero”, etc)
Com o aumento do divórcio e o numero crescente de mulheres na frente de trabalho iniciava-se a revolução sexual. A masturbação tornou-se ultrapassada e o desenvolvimento de melhores dispositivos contraceptivos levaram à maior liberdade sexual, com famílias menores, maior oportunidade para experimentação sexual e uma ameaça concomitantemente maior à integridade do casamento.

À medida que o divórcio se tornava cada vez mais comum, mais problemas sociais vieram à tona, pois as crianças eram criadas por padrastos e madrastas e meio irmãos. O incesto, o mais bem mantido dos segredos, também era mais comum, em parte devido ao numero crescente de padrastos e madrastas. As afiliações religiosas e o comparecimento às igrejas caíram consideravelmente, na década de 1960, enfraquecendo mais ainda o sistema de apoio com o qual os jovens contavam.
A taxa de suicídio cresceu entre pessoas na terceira década de vida que agora tinham menor apoio parental, menor apoio da igreja e cada vez menos empregos a recorrer.
A década de 60 foi uma época de desinstitucionalização, as drogas milagrosas da década de 50 tinham, de fato, permitido que os hospitais psiquiátricos se desfizessem das camisas de força, embora alguns se queixassem que as drogas eram “camisas de força químicas”.
Os hospitais psiquiátricos se tornaram um repositório para dissidentes políticos que eram zumbificados com o mesmo medicamento que esvaziava os hospitais.
Novas leis foram decretadas, concedendo ao paciente o direito de recusar medicação, mesmo que as drogas fossem úteis.
Os psicanalistas geralmente falavam de transtorno de caráter, onde os psicólogos eram mais propensos a usar o termo personalidade.
Michael Balint, William Gillepsie e Charles Rycroft afirmavam que a psicanálise é um evento entre duas pessoas, onde um é o analista que interage com paciente e o outro um participante ativo.
Nas décadas de 1950 e 1960 houve uma evolução no estudo da psicanálise para os doentes mentais graves, como a esquizofrenia. Michael Baling rejeitava alguns princípios freudianos ortodoxos, os Analistas da Escola Independente escreviam em uma linguagem livre dos vocabulários especiais, eram mais acessíveis. Balint publicou uma monografia: A Falha Básica.
Também foi na década de 1960 que Donald Winnicott publica o livro O Processo de Amadurecimento e o Ambiente Facilitador - O Falso Self.
John Frosch trouxe um novo conceito de Borderline que preferia chamar de Caráter Psicótico, onde as principais características do caráter psicótico eram:
- preservação do teste de realidade;
- relações objetais;
– negação; e
- projeção.
Jacques Lacan publicou, em 1973, o livro Os quatro Conceitos Fundamentais da Psicanálise. O autor não estava preocupado com condições clínicas comuns, mas interessado na teoria freudiana de inconsciente, repetição, transferência e impulso, focalizando-se nas analogias entre teoria psicanalista e linguística moderna.
Sacha Nacht estava consciente de que os elementos curativos, no processo analítico, não estavam limitados as interpretações verbais. Nach tinha identificado três tipos de masoquista: erotogênico, moral e feminino.
Rudolph Loewenstein via a passividade e impotência do masoquista como um apelo à compaixão da figura parental.
Vitor Smirnoff acreditava que os masoquistas podem ser vistos como orquestrando sua própria vitimização, através da evocação de punição, suficiente para satisfazer suas necessidades de sentir-se no controle.
Irving Bieber publicou em 1960: Um estudo Psicanalítico de homens Homossexuais, onde os homossexuais resultavam de uma criação em família com mãe sedutora ou excessivamente envolvida e pai distante. Bieber percebia o homossexual como doença, o que era predominante entre psicanalistas, que termina com a resolução edípica, superando o chamado complexo de castração, o que permitiria alcançar a capacidade para a intimidade heterossexual.
A confiança na capacidade das novas drogas em manter pacientes severamente crônicos fora do hospital por questões politicas e econômicas. A trágica consequência dessa politica ainda não era tão evidente até a década de 1960.

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