Os mesmos fatores que afetaram a Psicanálise na década de 70 afetaram, também, as pessoas que buscavam outras formas de tratamento, principalmente nos Estados Unidos.
O custo e o tempo estimularam o desenvolvimento de formas mais breves de terapia. Algumas baseadas nos modelos cognitivo-comportamentais e outras no modelo psicanalítico. A terapia breve não “mudava” a pessoa em algumas semanas, mas apenas aliviava alguns sintomas ou resolvia uma crise de relacionamento.
TERAPIAS:
. Confrontação direta -
Psicoterapia “dinâmica”, Davanloo (1980) – método que consistia em romper resistências em pacientes difíceis utilizando a confrontação direta (às vezes em prejuízo do tato e cautela), forçava os pacientes a admitir sentimentos que não estavam prontos para expressar.
. Análise Setorial
Surgimento de outras técnicas breves, mas delicadas (inspiradas em Deutsch e Murphy – 1955) onde os médicos determinavam os problemas centrais escutando as palavras chaves que escapavam dos pacientes, disfarçando tenuemente os seus medos mais profundos. Deutsch e Murphy chamavam a abordagem de “análise setorial”.
Tempo de duração do processo – de 10 a 20 sessões.
. Cultos
Foi um período onde todas as formas de soluções mágicas foram criadas e vendidas como a “Terapia do Grito Primal” (Janot); a “EST” de Erhard e “Rolfing” (Rolf Institute for Structural Integration) criado por Ida Pauline Rolf, entre muitos.
Alguns charlatões brilharam brevemente obscurecendo os trabalhos dos responsáveis pela psiquiatria convencional.
Algumas viraram cultos perigosos como a Cientologia que até hoje atrai muitos adeptos, inclusive famosos. Foi criada por Huggard. Seus cultos alcançam o controle total dos adeptos isolando-os e alienando-os de suas famílias.
Em contrapartida um ramo da psiquiatria (Halperin-1978, 1983 e Galanter -1982, 1989) desenvolveu uma resposta à necessidade de desprogramar aqueles que tinham sido seduzidos e ajudando as famílias a recuperar os jovens dos cultos coercivos (induzir, pressionar).
Zvi Lothane (1983) alegava que havia elementos de culto mesmo nas terapias respeitadas como a de Konut, criador da escola psicanalítica da Psicologia do Self. Livros publicados: A análise do self (1971); A restauração do self (1977). Seus estudos baseavam-se nas patologias narcísicas.
. Pesquisa sobre os básicos da psicoterapia (Smith, Glass & Miller, 1980) sugere que elementos como fé, esperança, crença, empatia e calor emocional são as pedras fundamentais de todas as terapias efetivas.
Estudos da década de 80 tendem a confirmar que a orientação acadêmica é menos importante, como fator curativo, do que as qualidades humanas (unidas a experiência de vida).
. Eficácia da Psicoterapia
A crença na eficácia da psicoterapia cresceu a partir do trabalho de Myrna Weissmann (Epidemiologista) e seus colegas. Demonstrou que os transtornos afetivos são os transtornos mentais mais prevalentes nos Estados Unidos. Constatou que a psicoterapia podia ser tão eficaz no tratamento de depressão quanto à farmacoterapia (quer sozinha ou combinada com psicoterapia).
. Programa Doze Passos
Para o controle de transtornos do desejo (drogas, sexo, álcool, jogo, comida) surgiram programas de doze passos nos moldes do AA, orientando como refrear o desejo.
. Transtorno de Personalidade Bordeline – Incesto
Durante essa década os artigos referentes ao transtorno atribuíam importância causativa aos genes de risco para doença maníaco-depressiva em pacientes cujos parentes próximos têm mania bipolar ou depressão recorrente.
No final da década foi feita uma ligação entre experiências de incesto na infância e o desenvolvimento de transtorno de personalidade bordeline (Stone, 1981). Outros confirmaram mais tarde a teoria, reforçada por Finkelhor (1979), diretor do Programa de Pesquisa de Violência Familiar na Universidade de New Hampshire com seu livro que tratava de crianças vítimas de abuso sexual, aumentando a consciência dos psiquiatras sobre a magnitude do problema do incesto.
Houve uma explosão de livros, artigos e histórias sobre incesto abrindo caminho para a pesquisa intensiva sobre o assunto na década de 80.
. Hipnose –
O uso da hipnose ganhou respeito na década, como modalidade terapêutica na psiquiatria e na medicina resultando no uso extensivo para tratar de neuroses de guerra (2ª Guerra Mundial e na guerra da Coréia).
Trabalhos sobre a aplicação clínica da hipnose foram publicados: Crasilneck (1975), Spiegel e Spiegel (1978), Frankel (1974 1975). Nos transtornos fóbicos descobriram que a resistência ao tratamento podia ser diminuída através da hipnose.
PSIQUIATRIA HOSPITALAR
Transtornos alimentares –
. Anorexia nervosa – Teve mudanças significativas na década de 70, principalmente com pacientes hospitalizados, o sucesso do tratamento era mais evidentes.
. Bulimia nervosa – Este trantorno é seguido por purgação, de uma anorexia e depressão. Tratamento nesta época era de antidepressivos acompanhado de métodos comportamentais (terapias de grupo).
Esquizofrênia
. Estabelecimento de perfil na avaliação de pacientes esquizofrênicos
. Vida fora do confinamento hospitalar
. Avaliação da terapia analítica na esquizofrenia
. Outras formas de tratament, como internação breve e mais visitas ao hospital geraram melhoria e que a terapia de grupo e mais eficaz que a terapia individual.
Depressão Maníaca –
. Lítio- foi usado como estabilizador de humo, nesta época tentaram fazer uma classificação bioquímica de tratamento afetivos de acordo com fatores químicos.
. Formas “subafetivas” de doença bipolar
Condições Bordeline –
. Definição do transtorno de personalidade – Gunderson (1975) – uma tentativa de utilizar critérios que fossem mais fáceis de serem avaliados, nesta época não entraram em um acordo a não ser que o único aspecto de diagnósticos que concordaram era o da impulsividade, acreditando que uma das formas de tratamento fosse a imposição de limites, mas alguns acreditavam que a medicação não podia se prescrita por achar que seria ceder as exigência do paciente enquanto outro já recomendavam acreditando tratar diretamente da ansiedade, mas o melhor tratamento era o multimodal de bordelines hospitalizados, incluía terapia individual, terapia de grupo, trabalho com membros da família, medidas de reabilitação e um ambiente hospitalar.
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