quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Sensação x Percepção

Aviso: Este resumo de nada serve sem o acompanhamento das aulas e o estudo do conteúdo dos livros. A finalidade deste resumo é servir como ferramenta de memorização e fácil acesso às informações já conhecidas e compreendidas no contexto de aula.

Sensação:
Estímulos captados do ambiente por meio dos aparelhos sensoriais que são codificados como sinais neurais.
Obs.: além dos cinco sentidos tradicionais (visão, audição, tato, paladar e olfato), também dispomos de outros sentidos, tais como: propriocepção e cinestesia, que nos indicam a posição e a aceleração relativa do nosso corpo; termocepção, relativo à temperatura; nocicepção, relativo à dor; etc...

Transdução:
É o processo pelo qual nossos sentidos convertem a energia de um estímulo em mensagens neurais.

Percepção:
Processo que envolve a seleção, a organização e a interpretação das informações captadas pelos sentidos.

Dica: lembrar do termo sensopercepção -> primeiro vem a sensação, que é a captação dos estímulos, depois a percepção, que é o processamento da informação.

Processamento do tipo inferior ou ascendente (bottom-up):
Quando é feita a análise partindo da captação do estímulo.

Processamento do tipo superior ou descendente (top-down):
A maneira como nossa mente (experiências, expectativas, estado emocional, etc) influenciam a captação e o processamento das informações captadas pelos órgãos sensoriais.

Limiares absolutos:
Energia mínima de um estímulo para ser detectado em 50% das vezes .

Teoria da detecção de sinais:
Preocupa-se com a seletividade e com a variação dos limiares absolutos nos indivíduos, tendo em conta seus contextos e estados físicos e emocionais, buscando relações de causalidade.

Estimulação subliminar:
Nosso limiar absoluto aponta para o limite de nossa percepção a um determinado estímulo sensorial em 50% das vezes, ou seja, deixaremos de detectar o estímulo na metade do tempo, mas na outra metade somos capazes de detectá-lo. Durante algum tempo foi explorada a capacidade de persuasão por meio de estímulos que permanecessem abaixo do limiar absoluto, passando desapercebidos para a maioria das pessoas na maior parte do tempo.
Enquanto podemos, em certas situações, ser influenciados pela estimulação subliminar de maneira sutil e fugaz, seus efeitos não são duradouros nem fortes o suficiente provocar grandes mudanças comportamentais ou cognitivas.

Limiar diferencial:
É a menor diferença necessária para que uma pessoa seja capaz de distinguir dois estímulos na metade das tentativas. Exemplo: a maioria das pessoas não conseguem distinguir entre a ponta de um ou de dois dedos repousados sobre suas costas (tato), ou o aumento de um peso que estão erguendo quando este é superior a um quilograma e lhe são adicionadas dez gramas.

Lei de Weber (ou lei de Weber-Fechner):
Proporção constante que aponta o limiar diferencial para um estímulo específico, ou seja, a relação entre a energia de um estímulo e a intensidade com que o mesmo é percebido.

Adaptação sensorial:
A redução de nossa sensibilidade para estímulos que não se modificam. Caso especialmente interessante é o dos olhos, que permanecem constantemente realizando movimentos imperceptíveis, que permitem a atualização daquilo que vemos.

Aparelhos Sensoriais:

Visão:
Trata-se captação e processamento da energia eletromagnética que flutua em intensidade e comprimento de onda de raios gama, refletida pelos objetos que nos cercam. O comprimento de onda determina a cor, e a intensidade é determinada pela quantidade de energia contida nas ondas luminosas.
O olho é um aparelho sensor de grande complexidade, formado pela córnea, que além de proteger o órgão também curva e decompõe a luz; pela pupila, abertura pela qual a luz passa, responsável por controlar a quantidade de luz que entra no olho e onde se dá o efeito de inversão da imagem (a imagem é projetada de cabeça para baixo na retina); o cristalino, que focaliza os raios luminosos na retina alterando sua curvatura em um processo chamado acomodação; a retina, uma camada de neurônios especializados em captar a luz, sendo que sua parte mais sensível se chama mácula (ou fóvea), zona de cor mais escura na retina pela alta concentração de células, com maior definição de cores e formas que nas regiões periféricas.
A acuidade visual é a precisão com que nossos olhos são capazes de captar os estímulos luminosos. Dentre as deficiências mais comuns nesta capacidade estão a miopia, responsável por um foco inadequado das imagens anterior à retina, e o astigmatismo, o oposto da miopia, onde a imagem chega à retina sem que o foco adequado tenha sido feito.
O disco óptico é o ponto no qual o nervo óptico se conecta ao olho, sendo conhecido, também, como ponto cego - trata-se de uma zona desprovida de neurônios especializados na captação de estímulo luminoso.
Seguindo pelo nervo óptico, a informação visual passa por uma decussação, o quiasma óptico, onde a imagem captada pelo olho direito é transmitida para o hemisfério esquerdo e a imagem captada pelo olho esquerdo é transmitida para o hemisfério direito.
A imagem então viaja até o córtex visual, no lobo occipital, onde começa a ser processada na busca de padrões, movimento, etc. A medida que avança para a direção frontal, a informação visual é distribuída por estruturas especializadas no lobo temporal e no lobo parietal, passando por um processamento cada vez mais complexo que não apenas reconstrói a imagem como também lhe dá significado em nível consciente.
A complexidade do sistema visual o torna ideal para ilustrar o processamento paralelo que se dá no cérebro: diversas informações são processadas de diversas formas de maneira simultânea, em níveis conscientes e inconscientes, que integram formas, significados, linguagem e sentidos.
A visão colorida é fruto de três tipos diferentes de cones especializados em diferentes comprimentos de onda, informação esta que posteriormente passa pelo processo oponente, onde as informações das cores captadas pelos cones são processadas aos pares, opostos. O fenômeno da constância da cor se dá pelo trabalho ativo do cérebro na percepção das cores, apresentando cores mesmo onde elas não deveriam mais estar evidentes, fenômeno semelhante se dá com o preenchimento do ponto cego da visão, por meio da informação periférica à tal ponto.

Para refletir: Em dias nublados a luz é filtrada pelas nuvens e o contraste diminui, mesmo que a intensidade se mantenha ou seja ampliada, desta maneira o vermelho parece menos vermelho, o verde parece menos verde, o azul parece mais azul e assim por diante, sendo que em algumas culturas tais dias são denominados dias cinzentos. Pessoas deprimidas também apresentam uma percepção de contraste de cores diminuída. Em um dia ensolarado uma pessoa clinicamente deprimida poderá ter uma percepção de cor diferente de uma pessoa saudável. Desta maneira, você acredita que a maneira como percebemos as cores podem afetar o nosso humor, da mesma maneira que o nosso humor pode afetar nossa percepção de cores? Nossa percepção de cores pode influenciar nossa vida psíquica? Poderá uma percepção deficiente das cores ser um dos fatores que influenciam o sugirmento de uma depressão?

Extraido do blog
http://psicologiarg.blogspot.com/2008/04/sensao-e-percepo-resumo.html

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