sábado, 22 de agosto de 2009

Historia da Psicologia - Aula 1 - 12/08/2009

Livros recomendandos - Sistemas e Teorias em Psicologia (Marx e Hillix) e Teoria da Personalidade (Fadiman e Frazer)


Protágoras Abdera (Abdera, 480 a.C. - Sicília, 410 a.C.) foi através dele que começou se estudar a forma humana, hoje só existe 20 fragmentos de seus escritos, foi quem cunhou a frase "o homem é a medida de todas as coisas, das coisas que são, enquanto são, das coisas que não são, enquanto não são.", tendo como base para isso o pensamento de Heráclito. Tal frase expressa bem o relativismo tanto dos Sofistas em geral quanto o relativismo do próprio Protágoras. Se o homem é a medida de todas as coisas, então coisa alguma pode ser medida para os homens, ou seja, as leis, as regras, a cultura, tudo deve ser definido pelo conjunto de pessoas, e aquilo que vale em determinado lugar não deve valer, necessariamente, em outro. Esta máxima também significa que as coisas são conhecidas de uma forma particular e muito pessoal por cada indivíduo, o que vai contra, por exemplo, ao projeto de Sócrates de chegar ao conceito absoluto de cada coisa.
Nesta época os sacerdotes representavam os deuses e organização social. Os deuses eram os grandes culpados e Protágoras tenta romper esta estrutura de oligarquia. E isto pode gerar no homem a atitude de tirar a responsabilidade dele quando se atribuir a suas atitudes a algo superior.
A psicologia tenta trazer ao homem a responsabilidade, ou seja, o que dá a resposta, mas o ser humano acaba procurando nas religiões, instituições ou vai transferir para alguém.
Mas para o homem poder responder pelos seus atos terá que fazer escolha e responder pelas conseqüências, se de certo, tudo bem, mas quando estiver errado vai gerar conseqüências desagradáveis.
Como podemos compreender a nossa capacidade de dar uma resposta a nós mesmos, nisto entrar no conceito de liberdade ao qual se relaciona ao autoconhecimento que por sua vez vai para o conhecimento das coisas. E este processo surge Sócrates que compreende todo o processo, aonde a sua máxima é “conheça-te mesmo”.
Através de Sócrates é que gerou o conhecimento do mundo de uma forma racional, sendo os fundadores da lógica o que nos leva a ser pseudo-racionais, neste processo, a psicologia ela é dialogo, mas a pouco tempo atrás é puramente racional.
Conhecimento – vem do latim que significa nascimento em conjunto com alguma outra ao qual é diferente da informação que acumulo de dados e que pode gerar um conhecimento, ou seja, um sentido pessoal sendo singular, ou seja, o grande objetivo da psicologia – a singularidade.
Ciência – idiossincrasia (característica singularidade), nomotecismo (características em comum).
O ser humano faz escolhas individuais ou sociais (neuróticas, outras palavras se relaciona apriorismo relacional que nos impede de fazer escolhas reais).
Todas introgestões são manipulações de modelos pelo senso comum. São necessários para adquirir estrutura, mas que deve ser abolido quando for estruturado, pois se não se torna alienante em outras palavras se perder no outro.
Ser livre significa conhecer-te a si mesmo. A neurose pode ser coletivo, por ser aprendido, mas pode ser individual. Trauma é todo e qualquer evento cuja capacidade de lidar com ele em relação com a capacidade emocional.
Patologia é a razão ou estudo sem paixão, em outro termo estudo das doenças. A razão se tornou sinônimo de verdade, mas ela é um dos processos psíquicos por causa de Sócrates, Aristóteles e Platão. Porque tudo o que se relacionava com a emoção era sinônimo de descontrole nesta época. Exemplo, são as palavras, aonde nós não ouvimos palavras, mas a experiência que temos com ela. (lei da boa forma) vamos relacionar com aquilo que conhecemos. Relacionar o antigo com novo.
A experiência é que organiza a nossa comunicação. A palavra em si é a porta de entrada da nossa comunicação. De modo que pode me ajudar a compreender a minha experiência.
No século XVI, surge René Descartes, pois nesta época tinha como objetivo se livrar da igreja e por isso se incentiva novas formas de pensamentos, sendo assim, surge então o pensamento racional, o pensamento de Descartes.
E neste processo, o pensamento psicológico segue o pensamento cartesiano: mente e substância, onde há depreciação do corpo e exaltação da mente e nos acompanha até o dia de hoje, onde o trabalho mental é mais valorizado e o corpo, que por sinal é mal pago.
Imagem – espírito e semelhança – mente e a psicologia trabalha apenas com a mente e somente um psicanalista, em toda historia, é que vem trabalhar com o corpo.
No século XIX, Auguste Comte é o fundador do positivismo, a ciência trabalha com doxxa, ou seja, opiniões bem fundadas ou bem formuladas. Num momento em que as ciências passavam por um processo de especialização, com o surgimento de novas fronteiras de investigação, o filósofo apontou a existência de seis ciências apenas: Matemática, Astronomia, Física, Química, Biologia e sociologia.
O Positivismo foi um vasto e heterogêneo movimento de pensamento que surgiu em meados do século XIX na França e depois se difundiu por todo o
Ocidente até tornar-se a tendência hegemônica do fim do século. Suas características foram a confiança otimista na ciência e no progresso tecnológico, ao lado de uma forte polêmica contra a filosofia tradicional, acusada de abstracionismo e dogmatismo. O método positivista afirma o determinismo, o materialismo e o reducionismo.

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